Reciclar o lixo gera um mercado novo e proporciona empregos

São Paulo – SP 18/11/2019 – Na contramão da Europa, a América Latina aparece como uma região que pouco se importa com o impacto ambiental, segundo pesquisa da Kantar.

A questão do lixo é um problema mundial. É preciso começar a cuidar do planeta dentro de casa “Cada pessoa, em média, produz 1 quilo de lixo por dia. Estima-se que 60% desse material é possível reciclar, 20% a 30% são orgânicos e apenas 10% é inservível”, relata Vininha F. Carvalho, editora da Revista Ecotour News & Negócios (www.revistaecotour.news).

Os lixões, cuja existência, à revelia das leis e sob a complacência do poder público, persiste em mais da metade dos municípios brasileiros. Cerca de 60% dos municípios utilizam lixões, o que impacta, aproximadamente, 42 milhões de pessoas. De 3.556 cidades que responderam a pesquisa do SNIS em 2017, estima-se que existam 2.307 unidades de disposição final, sendo 640 aterros e 1.667 lixões. Em cada 10 locais de destinação final, sete são lixões. Há evidências de que os 2.014 municípios que não declararam a destinação final de seus resíduos também utilizem lixões. Estes locais impróprios receberiam, por ano, mais de 70 milhões de toneladas de resíduos sólidos urbanos.

A Associação Brasileira de Empresas de Tratamento de Resíduos e Efluentes (Abetre) calcula que para resolver os problemas dos lixões no Brasil sejam necessários aproximadamente 500 aterros sanitários, que podem ser construídos com investimento de R$ 2,6 bilhões (cerca de R$ 63,40 per capita). Não bastam, porém, os recursos para as obras. É fundamental, também, garantir a sustentabilidade econômica dos aterros sanitários e do sistema de coleta e destinação do lixo. A abordagem mais aprofundada do tema abrange pontos importantes: legislação; principais problemas dos serviços de limpeza urbana; e as peculiaridades do cenário nacional.

“Dados mostram que quanto maior a autossuficiência financeira, menor a incidência de lixões. Dados do SNIS mostram que mais de 70% dos 901 municípios brasileiros cujos serviços de limpeza urbana têm autossuficiência financeira acima de 10% já conseguiram eliminar os lixões. Isso significa 630 cidades”, salienta Vininha F. Carvalho.

Na contramão da Europa, a América Latina aparece como uma região que pouco se importa com o impacto ambiental, segundo pesquisa da Kantar. No Brasil, embora haja materiais com alto índice de reciclabilidade, o brasileiro não contribui para sua recuperação efetiva. Somente 56,8% das embalagens plásticas são reaproveitadas, segundo dados do CEMPRE Review 2019.

“Vivemos um cenário em que a demanda por recursos naturais cresce em proporção inversa à sua disponibilização. É preciso reciclar para aumentar a vida útil dos aterros sanitários, reduzir o alto custo de impostos pagos para as concessionárias, além de evitar que matérias primas cheguem para um aterro. Reciclar o lixo gera um mercado novo e proporciona empregos”, conclui Vininha F. Carvalho.

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