Inteligência Artificial e Direito: como esses dois mundos se conversam?

Campinas – SP 10/12/2019 – As soluções de inteligência artificial permitem tanto aumento de escala quanto maior assertividade.

A Inteligência Artificial chegou ao Direito. Os tradicionais processos em papel, as procurações redigidas uma a uma, o controle dos processos e tantas outras atividades da rotina jurídica têm encontrado, com o apoio da tecnologia, mais agilidade e produtividade, num segmento tradicionalmente conhecido por suas burocracias e falta de celeridade.

Assim como muitos segmentos da economia já estão se deparando com essa transformação, o Direito também tem identificado novas formas de viabilizar essas tarefas. Tecnologias como Machine Learning tem permitido a automatização de tarefas burocráticas e repetitivas, que tomavam tempo de profissionais do Direito, para permitir que esses foquem no viés estratégico dos processos e de suas rotinas.

Controle e acurácia
Isso é possível graças a tecnologia de leitura inteligente de documentos, que consiste na capacidade da máquina de reconhecer padrões, entendê-los e organizá-los de acordo com as informações extraídas. Desta maneira, contratos podem ser automaticamente preenchidos, sem a necessidade de uma pessoa capturar esses dados a partir de documentos, digitá-los e formalizá-los no documento. A adoção da tecnologia reduz a probabilidade de erro, seja de coleta da informação ou digitação, e permite que essa mesma tarefa seja realizada por uma máquina de uma forma mais simples.

Além da automação, a própria gestão desse documento pode ser feita com o apoio de sistemas inteligentes, capazes de controlar prazos e fazer inferências para apoiar o profissional do direito no andamento dos processos.

Gestão da informação
Repleto de fontes e bases distintas de informações e com grande volume de dados relevantes em todas elas, o universo jurídico tem encontrado nos sistemas inteligentes uma forma de facilitar o acesso e a compreensão desse volume de informações através de crawlers, jurimetria e analytics.

Essas plataformas fazem a análise de dados do segmento jurídico e permitem, a partir da organização dessas informações, munir o profissional do direito com dados estratégicos para suas atividades. Dado volume de informações disponíveis nos tribunais, essa seria uma tarefa sobre-humana para ser realizada por uma pessoa sem o apoio de softwares.

A inovação das startups
Essas inovações chegaram ao mercado especialmente com o avanço das startups nessa área. As conhecidas lawtechs – que referem-se a startups que ofertam soluções para os clientes finais – e as legaltechs – que trazem soluções para profissionais do direito – têm encontrado oportunidades nesse segmento que acumula mais de 80 milhões de processos judiciais em andamento, sem considerar as oportunidades relacionadas à conciliação e outras atividades que permeiam esse universo.

Para Patricia Magalhães, CEO da NeuralMind, legaltech de Campinas-SP que desenvolve soluções para automação da análise de documentos jurídicos diversos, as técnicas de inteligência artificial podem dar vantagens competitivas expressivas a escritórios e departamentos jurídicos de empresas por proporcionarem aumento expressivo na produtividade, minimizando erros e permitindo aos advogados terem mais tempo para se concentrar na estratégia dos caso. “As soluções de inteligência artificial permitem tanto aumento de escala quanto maior assertividade”, aponta.

Website: http://www.neuralmind.ai

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